De acordo com boletim do Escritório Carvalhaes, os fundamentos do mercado de café permanecem os mesmos. Os estoques são baixos, tanto nos países produtores como nos consumidores, e os problemas climáticos, com eventos extremos, se sucedem em todo o mundo. "No Brasil, temos um cenário apertado neste segundo semestre do ano-safra brasileiro (janeiro a junho), com dificuldades para abastecermos o consumo interno e nossas exportações nos próximos meses", completou o documento.
Perto das 8h40 (horário de Brasília), as bolsas internacionais trabalhavam com ganhos moderados. As preocupações persistentes com o fornecimento global de café estão apoiando os preços e alimentando a compra de café por fundos.
Em NY, o arábica apresentava alta de 365 pontos no valor de 370,20 cents/lbp no vencimento de março/25, um aumento de 355 pontos negociado por 364,90 cents/lbp no de maio/25, um ganho de 340 pontos no valor de 357,85 cents/lbp no de julho/25, e uma alta de 350 pontos cotado por 348,65 cents/lbp no de setembro/25.
Segundo o portal internacional Bloomberg, os preços da variedade arábica saltarem 94% nos últimos 12 meses.
O analista de mercado e diretor da Pharos Consultoria, Haroldo Bonfá, destaca que tecnicamente se a variedade fechar acima de US$ 3,70/lp, ela vai buscar o patamar dos US$ 3,84/lp. "Tem sim muita volatilidade no mercado, e por incrível que pareça está aparecendo café a esses preços incríveis e inimagináveis no mercado interno. O que pode arrefecer um pouco serão os números das exportações de Janeiro da Cecafé", explicou o analista.
O robusta trabalhava com ganho de US$ 33 no valor de US$ 5.642/tonelada no contrato de março/25, um aumento de US$ 35 no de maio/25 e julho/25, no valor de US$ 5.618/tonelada US$5.546/tonelada, e uma alta de US$ 54 cotado por US$ 5.469/tonelada no de setembro/25.
Quinta feira 30 de Jan. 2025
Fonte: Notícias Agrícolas
Por: Raphaela Ribeiro
Neste último dia 6 de julho, o Grupo Novo Grão organizou uma pequena expedição de visitas, por um circuito de empresas exportadoras de café. Dentre elas a NKG Stockler em Varginha, uma das maiores exportadoras brasileiras de café, empresa pertencente ao Neumann Kaffee Gruppe.
Acompanhou nesta expedição, a convite do grupo Novo Grão a Associação dos Cafeicultores do Sudoeste de Minas, representada pelo Fernando presidente, APCEMB - Associação dos Produtores de Cafés Especiais de Monte Belo, representada pelo Reginaldo presidente e a Coopernovarum, cooperativa Fairtrade de Nova Resende, representada pelo Marquinhos Maia presidente.
Conhecemos a classificação a degustação e o grupo pode conhecer e absorver conhecimento com o Trader de uma das maiores exportadoras brasileiras de café.
Foi apresentado a nós em uma pequena conferência a história, que sem sombra de dúvidas é uma enorme inspiração para a cafeicultura brasileira.
Uma experiencia agradável, promissora e que mais uma vez nos fez ver o mercado cafeeiro com bons olhos.
Deixo aqui nossos agradecimentos a toda a equipe de ambas as empresas de nosso circuito e agradeço ao Gustavo da sede da Stockler de Muzambinho que nos fez o convite para esta pequena expedição.
Dali partimos para uma visita a nossos parceiros de negócio EISA também em Varginha e já a caminho de Nova Resende visitamos a OLAM COFFEE em ALFENAS – MG.
De acordo com o primeiro levantamento da safra do produto em 2022, divulgado nesta terça-feira (18) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção esperada é de 55,7 milhões de sacas de 60 quilos. A estimativa, caso confirmada, representa um acréscimo de 16,8% em comparação à 2021 – aumento já era esperado devido à temporada anterior ser de bienalidade negativa para a cultura. O resultado só não é melhor que os desempenhos registrados nos anos de 2020 e 2018, as duas últimas safras de bienalidade positiva.
A queda na produção neste ano, quando comparada com 2020, é reflexo das condições climáticas adversas registradas principalmente entre os meses de julho e agosto em 2021. A estiagem e as geadas ocorridas com maior intensidade nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, impactaram nas condições fisiológicas dos cafezais. Com isso, as produtividades, em especial da espécie arábica, não deverão manifestar seu pleno potencial produtivo.
Ainda assim, a produção para esta variedade de café deverá ser acrescida em 23,4% em relação à safra anterior, sendo estimada em 38,7 milhões sacas.
Já para o conilon, a expectativa é de um novo recorde com a colheita podendo chegar próxima a 17 milhões sacas. O aumento de 4,1% em relação à safra anterior combina a elevação da área plantada estimada em 3%, passando de 375,2 mil hectares para 389,1 mil ha, e uma ligeira melhora na produtividade de 0,4%, saindo de 43,4 sacas colhidas por hectare cultivado para 43,6 sc/ha.
Área
A área destinada à cafeicultura, quando consideradas as duas variedades, totaliza 2,23 milhões de hectares, representando acréscimo de 1,7% sobre o ciclo anterior. Considerando apenas as lavouras em produção, o índice fica próximo da estabilidade e soma 1,824 milhão de hectares, em relação ao período anterior. Em contrapartida, a área de formação deverá ter acréscimo de 6,4%, alcançando 416,7 mil hectares. Se compararmos com 2020, último ano de bienalidade positiva, o crescimento para as áreas que não registram produção chega a ser de 50%. “Esse elevado aumento da área em formação mostra os efeitos das condições climáticas adversas registradas no ano passado. A estiagem e as baixas temperaturas exigiram um manejo de poda mais intenso, conduzindo uma área significativa de café para produção somente na safra 2023 ou 2024.”, ressalta o diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia, Sergio De Zen.
Mercado
O cenário neste início de ano é de restrição da oferta de café no mercado interno, influenciado pela redução na produção em 2021, demanda exportadora aquecida e pelo período de entressafra. Mesmo com a maior produção estimada no país em 2022, a tendência é que os preços do produto se mantenham pressionados, uma vez que é esperada uma redução nos estoques mundiais de café para o ciclo 2021/22. Este panorama de preços elevados estimula as vendas externas.
Apenas em 2021, o Brasil exportou cerca de 42,4 milhões de sacas de 60 quilos de café verde, o que representa um recuo de 3,3% em relação ao volume exportado no ano anterior, mas um aumento na receita de 15,3%, chegando a US$ 6,4 bilhões. Vale lembrar que em 2020 o país registrou o recorde de vendas ao mercado externo, favorecida naquele ano pela maior produção já registrada no Brasil. Além disso, mesmo com a redução registrada nos embarques entre 2020 e 2021, a quantidade exportada no ano passado é 14,3% maior que a exportação média dos cinco anos anteriores.
As chuvas voltaram com força à mesorregião das Matas e no oeste de Minas Gerais, acumularam volumes superiores a 150 milímetros nos últimos 30 dias e beneficiaram lavouras de café. Segundo informações da Embrapa Café, no sul, no sudoeste e no noroeste do Estado, as precipitações foram mais moderadas, entre 50 e 100 milímetros, e favoreceram floradas. Mas, embora o cenário tenha melhorado, a redução da produção provocada por meses de estiagem não foi revertida.
“Ao longo da primavera, considerando a possibilidade de o volume de chuvas ocorrer um pouco acima da média mensal na maioria das regiões cafeeiras, o pegamento das floradas e do chumbinho poderá ser favorecido. Logo, o produtor deve ficar atento aos tratos culturais para minimizar ao máximo os prejuízos decorrentes das intempéries ocorridas”, afirma a Embrapa Café, em nota.
“As chuvas da última semana deixaram os produtores um pouco mais tranquilos. Porém, embora amenizem as perdas ocorridas, as chuvas não vão revertê-las. Atualmente, os cafeeiros estão desfolhados devido ao cenário climático da última safra, que foi de seca bastante prolongada, com altas temperaturas seguidas de geada em algumas regiões, e com ataques de pragas e doenças. Esses impactos negativos ocorridos no período de desenvolvimento vegetativo dos ramos podem interferir no desenvolvimento reprodutivo das safras de 2022 e de 2023”, diz a estatal.
LONDRES, 11 de outubro (Reuters) - Os cafeicultores da Colômbia, o segundo maior produtor de arábica do mundo, não entregaram até 1 milhão de sacas de grãos este ano ou quase 10% da safra do país, deixando exportadores, traders e torrefadores enfrentando perdas acentuadas, disseram fontes da indústria à Reuters.
Os preços mundiais do café KCc2 dispararam 55% este ano, principalmente devido ao clima adverso no principal produtor, o Brasil, levando os agricultores colombianos a deixar de pagar as vendas fechadas quando os preços estavam muito mais baixos para revender o café a taxas mais altas.
"Os comerciantes estão ficando inadimplentes, é uma bagunça. Se a seca continuar (no Brasil), 300 centavos (por libra de café) é possível. Vai ser um caos", disse um comerciante de uma casa de comércio global de commodities agrícolas.
Ele disse que os principais torrefadores globais estão planejando mudar a marca de seus cafés de 'origem única na Colômbia' devido a problemas de abastecimento.
Os padrões de entrega em um grande produtor como a Colômbia podem exacerbar os aumentos de preços nos mercados mundiais, embora sejam temporários, porque o café existe e pesará nos mercados quando for revendido.
Os produtores colombianos dizem que entregarão o café ainda este ano ou no próximo, mas os compradores não estão convencidos.
Muitos estão optando por ver perdas agora e escrever as compras como inadimplência, em vez de esperar e arriscar perdas ainda maiores se os agricultores ainda não entregarem no próximo ano e os preços subirem ainda mais, de acordo com um trader sênior de outra casa de comércio global.
Ele disse que várias casas comerciais globais estão prevendo perdas de US $ 8-10 milhões cada uma com o café não entregue, enquanto a federação de cafeicultores da Colômbia FNC, que representa os agricultores, mas também responde por 20% das 12,5 milhões de sacas de exportação anual de café do país, enfrenta perdas maiores .
FAZENDO O SUCESSO
"Havia facilmente 1 milhão de sacas de forward (vendas de café colombiano) feitas antes que o mercado começasse a se recuperar em meados de maio", disse o trader sênior. "Se você trabalha para uma multinacional (empresa de comércio), seu chefe dirá, vamos, temos que aceitar o golpe."
Os padrões de entrega em um mercado de café em alta são um grande problema para os exportadores e comerciantes de commodities que muitas vezes protegem as compras físicas assumindo posições vendidas no mercado futuro, fazendo com que sofram perdas acentuadas à medida que os preços sobem.
Normalmente, os negociantes seriam capazes de vender o café físico que lhes é devido às altas taxas atuais para compensar suas perdas no mercado futuro, mas no caso de inadimplência, eles não podem.
A inadimplência também pode forçar os comerciantes a comprar suprimentos pré-vendidos aos torrefadores com prejuízo no caro mercado à vista.
O chefe da FNC, Roberto Velez, confirmou à Reuters que a Colômbia está enfrentando uma inadimplência generalizada.
“Posso dizer que existem poucos exportadores colombianos que não estão sofrendo (com a inadimplência). Todas as grandes casas comerciais e também a federação como grande exportadora, estamos todos sofrendo (perdas)”, disse ele.
“Quando um produtor não entrega, toda a rede fica presa, perdendo dinheiro”, acrescentou.
Traders disseram à Reuters que a federação deu aos cafeicultores colombianos pelo menos mais um ano para entregar o café - uma medida que pode forçar o órgão da indústria a solicitar fundos de resgate do governo se os cafeicultores ainda não entregarem a tempo.
PERDAS DE MONTAGEM
Um negociante de café sênior da Louis Dreyfus Commodities (LDC) deixou a empresa após sofrer prejuízos, disseram duas fontes com conhecimento do assunto.
A LDC disse que não comenta sobre mudanças organizacionais, exceto em relação aos executivos.
"As empresas terão problemas com (a escala das perdas), os grandes mudarão de equipe, mas os menores irão à falência", disse um trader sênior.
Ele acrescentou que a grande exportadora colombiana local, La Meseta, foi duramente atingida pela inadimplência dos agricultores e está lutando para cumprir seus acordos de fornecimento com torrefadores internacionais, deixando-os expostos a perdas.
La Meseta não respondeu aos pedidos de comentários da Reuters.
Vender café na Colômbia tornou-se popular nos últimos anos, mas até este ano, a mudança havia funcionado principalmente a favor dos cafeicultores, pois os preços mundiais caíram, de modo que os cafeicultores recebiam preços melhores pelo café na entrega, e não piores.
Cerca de 550.000 famílias colombianas ganham a vida cultivando café e o país andino é o maior produtor do grau arábica lavado, no qual se baseiam os contratos futuros de referência na bolsa ICE.
(Reportagem de Maytaal Angel em Londres; Reportagem adicional de Oliver Griffin e Julia Symmes Cobb em Bogotá; Edição de David Gaffen, Veronica Brown e Susan Fenton).
Mas não este ano. Nos últimos 12 meses, o preço C - o preço de referência para o café Arábica commodity na New York International Commodity Exchange - subiu de US $ 1,07 (£ 0,80) por libra (454g) para cerca de US $ 1,95. Já em julho, atingia US $ 2,08.
Quase todos os contratos de entrega de café são comparados com o preço C, com o resultado de que os preços dos Arábica verde (grãos não torrados) aumentaram mais de 80% durante o ano passado. As do café Robusta - uma alternativa mais barata e menos saborosa - aumentaram mais de 30%. E há todas as chances de que esses preços subam ainda mais nos próximos meses. Podemos estar à beira de uma grande correção de preços que levará o mercado para cima nos próximos anos.
Por que o café ficou caro
O principal motivo da alta dos preços é uma série de eventos ambientais no Brasil. De longe o maior produtor de café do mundo, o Brasil é responsável por cerca de 35% da colheita global. O volume de produção oscila regularmente entre os anos “ligado” e “desligado”, e geralmente isso não é suficiente para afetar muito os preços, porque os produtores mitigam seus riscos por meio da gestão de estoques e proteção dos preços no mercado futuro de café.
No entanto, os rendimentos em 2021 provavelmente serão dramaticamente mais baixos. Isso se deve a uma combinação de uma forte seca no início da temporada, que reduziu o número de cerejas de café, e geadas intensas recentes que podem danificar ainda mais os frutos e até mesmo as árvores. As autoridades brasileiras projetam a menor safra de Arábica em 12 anos.
A grande questão é como isso afeta a produção futura. Os cafeeiros podem levar até cinco anos para amadurecer, portanto, levará algumas temporadas para que a escala dos danos fique clara. Se, como alguns repórteres respeitados estão sugerindo, a geada causar danos máximos - potencialmente atingindo dois terços das árvores - pode haver uma queda duradoura nos suprimentos mundiais. Isso pode fazer com que os preços ultrapassem a barreira de US $ 3,00 e até US $ 4,00.
O longo ciclo do café
A história do café foi caracterizada por extrema volatilidade de preços. Os períodos de oferta excessiva têm feito baixar os preços progressivamente, até que um evento catastrófico - seja ambiental ou político - resulta em uma correção.
Durante a década de 1930, uma combinação de safras abundantes e fraca demanda do consumidor na era da depressão levou a um grande excesso de oferta. Para reduzir o excesso de estoque, o Brasil recorreu ao despejo do café no mar e também à sua conversão em combustível para locomotivas. No outro extremo, muitos cafeeiros foram mortos em 1975, quando o Brasil foi atingido por uma série de geadas “negras”. Isso levou a uma queda de 60% na produção na safra seguinte, e os preços triplicaram entre 1975 e 1977.
Em 1962, a OIC introduziu cotas de produtores para tentar manter os preços flutuantes em face dessas altas e baixas. Isso foi apoiado pelos Estados Unidos para evitar que o comunismo se propagasse de Cuba para a América Latina continental, mas foi abandonado por insistência americana depois de 1989. Isso levou a um excesso de oferta e, em última instância, a uma crise do café no final do século em que o preço permaneceu abaixo de US $ 1,00 por quatro anos consecutivos. Ele tendia a ser comercializado entre cerca de US $ 1,00 e US $ 2,00 por libra, e a queda dos preços fez com que muitos produtores passassem fome.
O preço só se recuperou quando a ferrugem do café infectou uma parte significativa da produção da América Central e da Colômbia. A amarga ironia do mercado de café é que os preços para os produtores só melhoram quando muitos deles sofrem perdas insustentáveis.
30/09/2021
Fonte: The Conversation
Os consumidores também começaram a gastar novamente. Embora todos esses sejam sinais positivos, eles estão começando a criar pressões inflacionárias na economia.
Juntamente com a escassez da cadeia de suprimentos global, os custos de muitos itens comuns já começaram a subir. O preço do grão de café não escapou e os preços podem continuar subindo. Aqui está uma olhada nos fatores específicos que estão fazendo os preços dos grãos de café dispararem em particular.
Culturas Danificadas
O Brasil é o maior produtor mundial de café, principalmente quando se trata do grão de café mais popular, o arábica. Então, quando uma geada repentina e inesperada atingiu o país em julho de 2021, os preços dos grãos de café dispararam imediatamente.
Com as temperaturas caindo abaixo de zero, muitas árvores “queimaram” e os fazendeiros tiveram que removê-las. Um agricultor brasileiro estimou que sua safra de 2022 cairia de 5.500 sacas para apenas 1.500, de acordo com a Reuters. Isso significa que os clientes devem esperar preços mais altos para os grãos de café ao longo do próximo ano, já que a escassez persistirá
Problemas da cadeia de suprimentos global
Além das questões climáticas, a escassez da cadeia de abastecimento global tornará a entrega dos grãos disponíveis ainda mais cara. De acordo com a Bloomberg, os altos custos de frete e a escassez de contêineres continuarão a elevar os preços em toda a cadeia de suprimentos. Isso se traduz em pressões inflacionárias sobre todos os bens, incluindo os grãos de café. Além dos preços altos, é menos provável que você encontre seu tipo de café favorito na loja local, já que os suprimentos cada vez menores significam que será difícil manter o estoque nas prateleiras.
Demanda implacável
Um dos princípios básicos da economia é que a oferta e a demanda são o que definem os preços. O café é uma das bebidas mais populares na América, na verdade, no mundo, e essa demanda não para de crescer. De acordo com nada menos que a própria Starbucks, o mercado mundial crescerá para mais de US $ 400 bilhões nos próximos três anos, marcando uma taxa de crescimento anual de 9%.
Quando combinado com um fornecimento menor de grãos de café arábica, é inevitável que o consumo de café permaneça caro no futuro previsível. Os preços já atingiram seu nível mais alto desde 2016, de acordo com o The Wall Street Journal, e futuros aumentos de preços também podem acontecer, já que a demanda global em lugares como China, Indonésia e Índia também deve crescer rapidamente.
Opções para bebedores de café
É improvável que os bebedores de café comecem a desistir de sua bebida favorita. Isso significa que os consumidores confrontados com a combinação de fatores que afetam o grão de café arábica terão que fazer uma escolha. Ou eles terão que pagar pelo café arábica que desejam, ou terão que mudar para grãos de baixo custo que não foram tão afetados pela cadeia de abastecimento e / ou problemas climáticos. Se a demanda por arábica persistir, o custo desse grão de café não vai cair até que uma enxurrada de oferta retorne ao mercado, o que pode demorar anos
John Csiszar Depois de ganhar um B.A. em inglês com especialização em negócios pela UCLA, John Csiszar trabalhou no setor de serviços financeiros como representante registrado por 18 anos. Ao longo do caminho, Csiszar recebeu as designações de Certified Financial Planner e Registered Investment Adviser, além de ser licenciado como agente de vida, enquanto trabalhava para uma importante agência de notícias de Wall Street e para sua própria empresa de consultoria de investimentos. Durante seu tempo como consultor, Csiszar administrou mais de US $ 100 milhões em ativos de clientes, ao mesmo tempo que fornecia planos de investimento individualizados para centenas de clientes.
Data: 29/09/2021
Por John Csiszar
Com a presenças dos presidentes da Eletrobras, Rodrigo Limp, e de Furnas, Clóvis Torres. Representantes da União dos Empreendedores do Lago de Furnas e Peixoto (Unilagos) e da Associação dos Municípios do Médio Rio Grande (AMEG).
A presença dos empresários foi articulada por Alexandre Silveira, ex-deputado e atual suplente do senador Antonio Anastasia e diretor jurídico do Senado, comandado por Rodrigo Pacheco – presidente do Congresso Nacional que pediu atenção especial ao assunto.
Para Alexandre Silveira, o ideal é pressionar as hidrelétricas. “Tive alegria de receber prefeitos de Minas Gerais e ouvindo a demanda deles vimos que, entre os problemas macro do estado, uma das mais graves que identificamos foi a questão de Furnas. Eu e o (Rodrigo) Pacheco conversamos e entendemos que tínhamos que entrar de forma mais contundente na defesa do ‘mar que Minas’ que é Furnas”, disse.
O reservatório de Furnas é utilizado de múltiplas formas além de geração de energia. A água contida por lá também contribui com o turismo, lazer e pesca da comunidade no entorno. “Há um descaso do setor elétrico no uso de Furnas. O ‘mar de Minas’ está virando o ‘brejo de Minas’”, reclamou.
O volume baixo já era esperado pela Operador Nacional do Sistema (ONS), que prevê um cenário ainda pior para os próximos meses. O sistema, hoje com volume útil de 22,53%, deve chegar a 10,3% em novembro, ou até menos.
O baixo volume é reflexo do menor nível de chuvas dos últimos 91 anos. Em agosto do ano passado, a Represa de Furnas estava com volume de 49,27%, segundo dados do ONS.
Nos últimos 12 meses, o nível caiu 269%. O volume registrado este mês só não é menor que o computado em 2001 para o período. Naquela época, ele era de 13,72% e o Brasil enfrentava racionamento de energia.
Os EUA, China e Brasil são “fontes significativas de risco climático para os mercados globais de commodities”, diz o relatório, argumentando que as mudanças irão interromper os fluxos comerciais de longa data em todo o mundo e arriscar uma revolta social.
A produção de milho só nos EUA pode cair quase pela metade no longo prazo (2070-2099) devido às temperaturas mais altas, segundo o instituto, colocando em risco os países que compram a safra. A produção na Rússia e no Canadá pode aumentar 13% e 17%, respectivamente, mas não o suficiente para compensar as deficiências em outros lugares.
Embora a produção de trigo possa aumentar 14%, isso pode exigir um deslocamento caro da produção para a Europa e partes da América do Sul e da Ásia. A Rússia e o Canadá podem aumentar a produção de milho, soja e arroz, no entanto, as áreas de cultivo provavelmente terão que se deslocar dentro desses países, disseram os autores durante um briefing.
O relatório foi publicado antes da cúpula climática COP26 das Nações Unidas no mês que vem, em Glasgow, e pede que os legisladores olhem além das fronteiras nacionais para combater a mudança climática. As estimativas enfocam o impacto de temperaturas mais altas e excluem as consequências de eventos climáticos extremos.
Fonte: Bloomberg
Brasil, Vietnam e Colômbia, revelou um relatório da Fitch Solutions.
Ondas de geada e seca na América do Sul e um enorme surto de Covid-19 no Vietnam estão a afetar o preço do café. De acordo com a ‘CNBC’, o Vietnam é atualmente o segundo maior exportador de café do mundo, e está a lutar contra o pior surto de Covid-19 desde o início da pandemia.
O confinamento e as limitações impostas no país estão a afetar as exportações de café e outros produtos.
“Em agosto, as exportações de café vietnamita caíram 8,7% em relação a julho, para 111.697 toneladas, informou a Reuters, citando dados alfandegários. Entre janeiro e agosto, o Vietnam exportou 1,1 milhão de toneladas de café – 6,4% a menos que no ano anterior, mas a receita das exportações de café cresceu 2%, para cerca de dois mil milhões de dólares, disse a agência de notícias”, pode ler-se na ‘CNBC’.
Já no Brasil e na Colômbia, foi o mau tempo que afetou as colheitas e, com o aparecimento da variante Mu do vírus, pode ser possível a imposição de restrições prolongadas, levando a que a escassez de mão de obra piore a produção, revela a Fitch Solutions.
No entanto, o mesmo relatório revela que é possível que a procura aumente na Europa e Estados Unidos aumente nos próximos meses, já que o levantamento das restrições da Covid-19 deve permitir a reabertura das empresas produtoras de café.
No programa exibido pela emissora rede globo na ultima sexta feira, 10/09 no quadro cafés especiais, você acompanha em uma ótica diferente, até onde o café pode alcançar e beneficiar.
Confira no vídeo e deixe seu comentário.
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O Escritório atua nas áreas de corretagem, laudos, aprovação de amostras e embarques, prestando serviços também na área da exportação do café. A família Carvalhaes está envolvida com os negócios de café desde o final do século 19, quando produzia, comercializava e exportava café.
Para saber mais acesse: www.carvalhaes.com.br
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Fonte: Mercado Futuro - Antônio Reche